Cidadão repórter no centro…do debate
A produção de notícias da ѿý em inglês – no Brasil mais conhecida por causa do canal de TV a cabo ѿý World – está passando por uma revolução. As operações jornalísticas em inglês da empresa, em todas as plataformas (TV, internet e rádio), estão sendo unificadas.
Isso significa que diferentes redações jornalística que a ѿý mantém, principalmente em Londres, ficarão fisicamente em um único lugar e vão trabalhar em conjunto.
No centro dessa redação, como explica o diretor da ѿý Peter Horrocks, vai ficar o time do “Conteúdo Gerado pelo Usuário”, ou UGC, como é conhecido na sigla em inglês – ou seja, o material produzido e enviado pelos usários. No Brasil, esse “usuário” é mais conhecido como o “cidadão repórter”, embora receba diferentes apelidos.
Para Horrocks, essa decisão mostra o quanto a ѿý como um todo tem dado importância crescente à relação com a sua audiência em todo o mundo, mas ele também pergunta quais são os limites dessa relação.
Um ponto óbvio mas difícil da discussão é até que ponto a empresa deve ou não mediar essa participação, em alguns momentos inclusive censurando mensagens em seus fóruns. A ѿý acha que em algum grau a mediação deve sempre ocorrer, mas em que grau é ainda objeto de grande debate.
Ainda mais polêmico é até onde permitir que essa relação influencie a decisão sobre o que é notícia, o que deve receber a atenção e os recursos de grandes empresas jornalísticas.
Por um lado, essa relação pode ser muito positiva na hora de conectar os jornalistas e as empresas jornalísticas com o que é de fato importante para o seu público e assim prestar um serviço melhor. Mas um ponto interessante é que o “público” e o “interesse público” sempre serão em alguma medida abstrações.
Normalmente, a parcela dos usuários que se manifesta em sites (ou jornais, rádios, revistas etc) é muito menor do que o total dos usuários – para o site da ѿý em inglês o cálculo é de menos de 1%. Ou seja, mesmo com toda a interação que a internet permite, o número de pessoas que se manifesta é mínimo e não representa o “público” de forma ampla.
Para Horrocks, no final das contas, os jornalistas profissionais podem e devem entender muito melhor o papel do nascente cidadão repórter e integrá-lo na produção para que todos se beneficiem. Mas ele também aposta que os jornalistas continuarão sendo necessários para tomar decisões editorias em nome de um público amplo e necessariamente abstrado.
Há muita gente pela internet que não acredita nisso e que prevê o fim ou a completa transformação da profissão e das empresas jornalísticas, que estariam na sua forma atual caminhando para a irrelevância.
Por motivos óbvios sou suspeito para opinar, mas aposto mais nas teses de Horrocks.
dzԳáDzDeixe seu comentário
Acredito que sem o jornalista, o espaço multimídia será como “conversa de lavadeiras”, ou seja, todo mundo falando ao mesmo tempo e todo mundo tendo razãoes individuais, o que configuraria uma anarquia nas noticias e a perda total de credibilidade do espaço informativo. O jornalista tem a vantagem de “direcionar” a noticia a determinado “gosto coletivo”, fugindo das idiossincrasias pessoais e também dos sectarismos paroquiais que permeiam o mundo.Um exemplo temos em blogs modernos, onde o espaço “sem filtragem” é infinito, ocorrendo, em conseqüência, uma multidão de opiniões e também de conflitos, pois o espaço mediático excessivamente livre invade o espaço particular de crenças, costumes, tradições, etc. Resultado: Pouco se aproveita de tal debate que , ou se dirige agressão pura, ou a falsa confraternização “puxa-saquismo” entre os participantes, cada um querendo agradar ao outro e deixando de lado o conteúdo informativo e certas crenças a favor da aceitação pessoal Nesse sentido, a ѿý, em seu “Blog dos Editores”, tem se revelado um exemplo de como deve ser o debate em blogs. Para a ѿý, a discussão é livre e a opinião também, todavia, sob certos limites e certos “cortes” em egos afoitos para aparecerem num canal de enorme audiência. Assim, considero, dentro de meu modesto ponto de vista, que a profissão jornalística nunca desaparecerá, apesar dos avanços da Internet. O jornalista tem a importante tarefa de descobrir a noticia e molda-la no sentido do bem público e não somente como um fator de espetáculo e de atração individual.
O cidadão repórter aproxima o usuário do veiculo de comunicação e, de outros leitores, o que estabelecerá um debate de idéias além de ser um estímulo para aumentar o número de participantes.
O diretor Peter Horrocks está de parabéns, porque vai modernizar o que está muito burocrático, sem participação, sem vida e jornalismo é vida.
Há alguns temas que o usuário terá contribuições relevantes para a informação com conteúdo, porque vivencia o fato noticiado.
A mediação é importante sempre levando em consideração o respeito aos Direitos Humanos.
Acho um absurdo ter de ler "impressoes e opinioes na~embasadas em jornalismo serio.
Ja temos muitas informaçoes para ler,confrontar e tirar nossas conclusoes , para incluir achologia.
A mídia e os jornalistas que detêm o controle têm poder de mudar a mentalidade do povo a favor de qualquer coisa. Censura é uma palavra feia, mas também ninguem pode sair escrevendo o que da na telha depois de algumas elocrubações mentais. Assessorados por conhecimentos de manipulação das massas, deitam e rolam
O Diretor Peter Horrocks, da ѿý
demonstra que está bem atualizado em
termos de produção jornalística, valorizando o trabalho dos profissionais de comunicação, incluindo o "Cidadão Repórter". É a Interatividade em prática, visando manter o público bem informado em qualquer ponto do planeta. A função
inicial do jornalista é levantar a
notícia apurando os fatos em seus mínimos detalhes, para depois ouvir as partes interessadas. Em seguida, tomar o pulso de outras pessoas sobre o acontecimento, e finalmente concluir seu pensamento e emitir sua opinião a respeito. Assim agindo, ele estará cumprindo conscientemente sua missão de bem informar, sem qualquer distorção dos fatos.