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Trinta e dois quilos

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Ilana Rehavia | 2009-05-25, 13:35

À primeira vista, as imagens do projeto (Trinta e Dois Quilos) se parecem com fotos de moda que você encontraria em qualquer revista.
Ao olhar melhor, no entanto, a gente percebe que as modelos são inacreditavelmente magras, resultado de manipulação digital.
Chocada com a existência de sites pró-ana e pró-mia (que promovem a anorexia e a bulimia como um estilo de vida, e não uma doença), a fotógrafa alemã embarcou no polêmico projeto.
O ÃÛÑ¿´«Ã½ Tendências conversou com a fotógrafa para saber um pouco mais sobre seu trabalho. Confira!

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ÃÛÑ¿´«Ã½ Tendências - Como surgiu a idéia desse projeto?

Thein - Eu li uma reportagem sobre o movimento pró-ana em uma revista e fiquei chocada que essas meninas queriam ficar tão magras quanto as modelos. Eu sei que também produzo essa imagem de beleza como fotógrafa, e isso me entristeceu. Essa foi a razão para o projeto.

ÃÛÑ¿´«Ã½ Tendências - Qual mensagem você quer passar com essas imagens?

Thein - Uma das mensagens é obviamente que a fotografia é sempre artificial e não tem nada a ver com a realidade. Eu também queria atrair atenção para os problemas causados pelo movimento pró-ana. Se as pessoas falarem sobre meu trabalho também falarão sobre o pró-ana e verão com qual facilidade uma menina jovem é influenciada por modelos em revistas e passarelas. A maioria das mães dessas meninas pensa que a anorexia é algo que acontece apenas com crianças com problemas mentais.

ÃÛÑ¿´«Ã½ Tendências - Qual a idéia por trás das poses glamourosas e o rosto escondido da modelo?

Thein - As poses glamourosas são importantes para manter a ligação com a fotografia de moda, que é a inspiração para as meninas pró-ana. Eu não mostrei os rostos porque não queria que o público simpatizasse com as meninas e achasse que elas eram casos isolados.

ÃÛÑ¿´«Ã½ Tendências - Qual tem sido a reação das pessoas?

Thein - Eu tive uma boa resposta ao trabalho em si, com a maioria das pessoas chocadas com os corpos. Algumas pessoas obviamente acharam repugnante mostrar essas imagens ao grande público. Mas, para mim, isso também é uma boa reação porque mostra que as pessoas concordam com o fato de que essas meninas não são mais belas. E não há muita diferença entre essas imagens e modelos da moda.

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°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário

  • 1. à²õ 02:57 PM em 25 mai 2009, Roberto Pereira escreveu:

    Parabéns para a fotógrada Alemã pelo seu trabalho de abrir as mentes entorpecidas. O caso é tão sério que vem do fundo das mentes doentes para se chegar a tais situações. A grande necessidade de pessoas ligadas a área de saúde venham mostrar o que é um suicídio aprovado, porque se ninguém fala nada, é porque aceita. A beleza não está numa mente doentia que acha o seu certo o certo.

  • 2. à²õ 01:50 PM em 26 mai 2009, Carolina escreveu:

    Iniciativas que criticam a indústria dos transtornos alimentares são sempre bem-vindas. O chocante é que essas fotos não estão tão longe do que vemos em revistas e na tv.

  • 3. à²õ 04:00 AM em 02 jun 2009, Ivan Linares escreveu:

    Não entendi: pelo que pude pegar da matéria, as modelos das fotos são normais e seus corpos são distorcidos digitalmente pra parecerem anoréxicas. Estou certo?

    De qualquer jeito, boa sorte com o projeto! Espero ansiosamente pelo dia em que pessoas normais possam aparecer em desfiles, fotos e matérias sobre moda. Entenderam, editores?

  • 4. à²õ 11:17 AM em 11 jun 2009, Cecy Haemmerli escreveu:

    Um pequeno detalhe, as fotos mostram pessoas esqueléticas, raquíticas e esquálidas (pele e osso) magra é a Gisele Bündchen (início da esqualidez) esbelta é a Juliana Paes (formas bem delineadas, presença de "carne" palpável, muito apreciada pelos homens). As esqueléticas são anoréxicas, mas elas não se vêem como doentes, daí a dificuldade de "perceberem" que estão doentes. Vi um documentário alemão (talvez tenha sido também a fonte inspiradora da fotográfa) que foi feito com a autorização da doente juntamente com a mãe dela, mostrando o quotidiano das duas, durante alguns meses até à morte da doente. Muito chocante!! Lembrando que toda anoréxica, se acha gorda (acima do peso)diferente da obesa (doença, fora do controle para os padrões saudáveis) e que ficar magra, daí a importância de usar de forma devida a definição de magra, esquelética, esbelta, gorda e obesa de maneira correta para que as adolescentes tenham noção e referência. Outro tabu da anorexia que ainda não mostraram tão abertamente: nos adolescentes e nos homens adultos...

  • 5. à²õ 11:43 PM em 17 nov 2009, Elisa Rodrigues escreveu:

    Continuo a pensar em como é possivel os produtores de moda assim como os estilistas continuarem a alimentar estas situações.
    Será que algum produtor ou estilista vai ter algum dia a coragem de mudar o rumo da moda.
    Paulo Coelho numa publicação sua refere e muito bem que a gente da moda só continua a gostar da magreza elevada ao extremo porque na sua maioria são homosexuais e como tal, o corpo das mulheres deve parecer-se o mais possivel ao dos homens, quanto aos heterosexuais, não são o suficientemente corajosos para contrariarem essa tendência.
    Já alguma vez ouviram dizer que mais vale mulher a sobrar que mulher a faltar?
    É TEMPO DE MUDANÇA - TODOS SABEMOS QUE A ANOREXIA E A BULIMIA SÃO DOENÇAS COMPORTAMENTAIS, MAS QUE MUITAS DAS MODELOS SÃO VERDADEIRAS REFERÊNCIAS PARA ESTES DOENTES, SENDO ELAS MESMAS TAMBÉM DOENTES.
    Snrs. que ditam a moda;Será que a vossa imaginação é tão pequena que não conseguem criar algo belo com corpos de verdadeiras mulheres??????
    CRESÇAM E FAÇAM COM QUE AS COISAS MUDEM.
    Parabéns à jornalista que lançou esta polémica.

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