Eles acreditavam
Os sul-africanos acreditaram hoje que se classificariam para a próxima fase. Antes da Copa do Mundo, a nação usava a camisa verde-amarela dos Bafana com o orgulho de apoiar o país, mas na verdade muitos desconfiavam que esse time não iria muito longe na competição.
Mas quando a Copa do Mundo começou, tudo mudou, e os sul-africanos ganharam confiança. Na partida de estreia, o belo gol de Tshabalala fez muito para conquistar o apoio dos torcedores mais céticos.
A expectativa por um bom resultado era enorme na semana passada, mas o Uruguai estragou a festa. A vitória do México sobre a França na noite seguinte foi outro golpe duro na nação Bafana.
Mas após uma semana de estranhas notícias no lado francês e de algumas zebras na Copa, os sul-africanos passaram a confiar novamente. A França passou de a mais temida no grupo para o saco de pancadas. Com a demissão do chefe da delegação, a briga dos jogadores com o técnico, a saída de Anelka, uma vitória sul-africana não parecia tão improvável.
Pela manhã, a nação novamente vestiu o verde-amarelo. E à tarde, quando muitos voltavam para a casa, o país explodiu em uma festa de buzinas e vuvuzelas a cada gol sul-africano. Mas a cada minuto que passava, as esperanças sumiam.
A noite desta terça-feira era para ser a da festa da classificação milagrosa sul-africana, mas transformou-se em mais uma silenciosa noite de inverno. Já é possível perceber menos bandeiras pelas ruas e certamente algumas dezenas de vuvuzelas já foram aposentadas. Nesta terça-feira, a África do Sul está com alguns decibéis a menos.
É uma pena que a única vitória sul-africana nesta Copa tenha sido na última partida, justamente quando já não adiantava mais nada e não se poderia mais comemorar. O país que sedia a maior festa do futebol mundial ainda não sabe o que é festejar uma vitória.