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Não chores por mim

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Bruno Garcez | 2009-06-24, 20:25

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Em apenas uma semana, dois potenciais candidatos republicanos à sucessão de Barack Obama em 2012 admitiram - ou foram forçados a admitir - que tiveram relações extra-conjugais.

E daí?

E daí que por aqui, isso quer dizer muita coisa.

O Partido Republicano nos últimos anos se tornou um bastião da moral e dos bons costumes.

Pelo menos no papel.

Logo, sempre que algém em seus quadros incide em atos pouco condizentes com tais práticas, está em flagrante contradição com a suposta cruzada moral da legenda.

A última vítima é o governador da Carolina do Sul, Mark Sanford.

O governador, após um suspeito sumiço que ninguém em sua assessoria sabia justificar, reconheceu que passara os últimos dias na Argentina.

Pelo relato dele, tudo começou como uma amizade, mas aos poucos, sua relação com uma ''querida amiga'' passou para algo mais sério.

Como que um personagem do mais triste tango de Gardel, Sanford disse que passou os últimos cinco dias chorando na Argentina.

Sanford admitiu hoje o caso e renunciou à Presidência da associação de governadores republicanos.

E, por tabela, abdicou de um cargo bem mais grandioso...

a Presidência dos Estados Unidos.

Há poucos dias foi a vez do senador por Nevada John Ensign ter admitido que teve um caso com a mulher de um ex-assessor.

Ensign também vinha sendo mencionado como um potencial presidenciável em 2012.

O Partido Republicano já vinha passando por uma fase difícil, após ter sido duramente varrido das urnas por Barack Obama.

Desde os anos 80, os representantes da legenda se apresentam como os ''coroinhas'' da política americana, sempre zelando pelos valores familiares e a fidelidade e pregando contra o aborto, o casamento gay ou a presença de homossexuais no Exército.

Das duas uma, ou o partido abandona a cartilha moralizante ou arrisca estar sempre sendo exposto, com a escapolida de um senador, o flagra a um governador ou a pulada de cerca de um congressista.

Se os republicanos apostarem em seguir pelo caminho atual, é bem provável que as lágrimas que Mark Sanford contou ter derramado em Buenos Aires sejam vistas em profusão dentro de quatro anos, mas em Washington.

°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário

  • 1. à²õ 11:52 PM em 24 jun 2009, Amílcar Tavares escreveu:

    Pois é. A hipocrisia dá nisso.

  • 2. à²õ 07:57 AM em 25 jun 2009, pablo pierri escreveu:

    a mensagem que ele quis passar foi
    "Não choro por quem mim deixa e nen abandono quem mim quer".

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