A visita de Hu Jintao e a importância da China
Ainda pode levar algum tempo até que se avalie o real efeito da visita do presidente da China aos Estados Unidos nas relações bilaterais, mas o jantar de Estado oferecido a Hu Jintao na Casa Branca mostra a importância que o gigante asiático assumiu nos últimos anos.
A última vez que um lÃder chinês havia sido recebido com uma cerimônia desse tipo foi em 1997, quando Bill Clinton ofereceu um jantar de Estado a Jiang Zemin.
Em sua visita aos Estados Unidos em 2006, durante o governo de George W. Bush, Hu Jintao teve direito apenas a um almoço.
Desta vez, a Casa Branca estendeu o tapete vermelho para o presidente chinês. As honras começaram ainda na terça-feira, quando Hu foi convidado para um raro jantar privado com o presidente Barack Obama e um pequeno grupo de convidados.
A preparação do jantar de Estado de quarta-feira foi cercada de segredo. A seleta lista de 225 convidados incluÃa personalidades sino-americanas, muitos executivos de grandes empresas e alguns ativistas de direitos humanos - talvez um recado para o lÃder chinês, em um dos temas de atrito entre os dois paÃses.
Muitos ficaram de fora, e também houve quem esnobasse o convite: o republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Representantes, e o democrata Harry Reid, lÃder da maioria no Senado, não compareceram à festa.
Na quinta-feira, o jantar era o tema de todos os jornais e redes de TV americanas, com destaque para o vestido de organza de seda vermelho usado pela primeira-dama, Michelle. "Sua escolha teve a pompa certa para demonstrar a importância desse jantar de Estado", disse o New York Times.
A opinião de analistas é que os dois lados saÃram beneficiados da visita desta semana, considerada a mais importante de um lÃder chinês aos Estados Unidos desde que Deng Xiaoping foi recebido por Jimmy Carter, em 1979.
Hu conseguiu passar aos chineses - que acompanharam a viagem com grande interesse - a imagem de que foi recebido como um estadista reconhecido internacionalmente, e a China, tratada pelos Estados Unidos como um aliado do mesmo peso.
Obama também conseguiu o que queria: passar uma mensagem de mais rigidez em relação a temas de atrito com a China, como a questão dos direitos humanos, e dar um certo Ãmpeto à relação comercial com a segunda maior economia do mundo.
°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário
Que coisa estranha: Cuba sofre com bloqueio econômico por não ser um paÃs democrático, por falta de direitos humanos e coisa e tal. Já a China, que também não tem democracia e não respeita os direitos humanos, é bajulado pelos americanos.
Que patético... Obama condenava o Lula por se aproximar do Irã, pelo desrespeito deste aos direitos humanos e pelo seu suposto autoritarismo. Agora, ele recebe o lÃder da maior ditadura do planeta, recordista em desrespeito aos direitos humanos, patrocinador da guerra civil no Sudão (que matou mais de 200.000 pessoas e forçou outras 2.000.000 a deixarem suas casas)e, pior, que tem um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU(fato que nunca foi criticado nem por Obama e nem por Bush) ... Para quê tanta hipocrisia?