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Em clima de campanha, Obama marca fim da guerra no Iraque

Alessandra Correa | 2011-12-15, 1:05

Diante de uma plateia formada por militares recém-chegados do Iraque, o presidente Barack Obama marcou oficialmente o fim da guerra com um discurso no qual agradeceu os sacrifícios e conquistas dos soldados americanos.

O pronunciamento, feito na base militar de Fort Bragg, na Carolina do Norte, foi o ponto alto de uma semana recheada de eventos relacionados à retirada das tropas americanas, entre eles a visita a Washington do primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki.

Foi também o último grande discurso de Obama sobre o tema antes do dia 31, prazo final para a retirada, após quase nove anos de uma guerra que matou 4,4 mil soldados americanos - 202 deles de Fort Bragg - e deixou mais de 30 mil feridos, isso sem contar as dezenas de milhares de vítimas do lado iraquiano.

"Estamos encerrando uma guerra não com uma batalha final, mas com uma marcha final de volta para casa", disse o presidente.

Obama citou "os custos da guerra" e mencionou os americanos mortos, mas o que chamou a atenção no discurso foi o fato de o presidente ter elencado os méritos de uma guerra que ele nunca apoiou.

Disse que este momento de "sucesso" foi possível graças às batalhas, mortes, trabalho de construção, treinamento e todo o resto que as tropas americanas fizeram no Iraque, e que se o país que os Estados Unidos deixam para trás não é um lugar perfeito, pelo menos é um Estado soberano, estável e com um governo eleito.

Obviamente, como observaram analistas políticos americanos, Obama tentou passar aos militares e suas famílias a ideia de que seus sacrifícios não foram em vão ou em nome de uma guerra "estúpida" - termo usado pelo presidente no passado para se referir ao conflito no Iraque.

Em um Estado considerado chave para sua reeleição, não foi possível deixar de perceber o clima de campanha da visita de Obama, ao lado da primeira-dama, Michelle.

O presidente espera usar o fato de ter cumprido promessa de encerrar a guerra no Iraque como arma em sua campanha para continuar na Casa Branca. Com a economia em crise e a frustração dos eleitores em alta, Obama não quer deixar passar a oportunidade de levar o crédito pelo fim de uma guerra à qual a maioria dos eleitores se opõe.

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