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Eita Pete Doherty...

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Rodrigo Durão Coelho | 2007-08-08, 21:17

... Então Pete Doherty foi banido de Londres. Caraca! De onde saiu isso? Só mesmo aqui para alguém que é considerado um ícone desse começo de século receber uma sentença que soaria normal se fosse proferida durante a Idade das Trevas. Naqueles dias sem mapas ou estradas, o exílio era ‘pior do que a morte’, uma vida solitária e sem esperanças, onde a única certeza era o perigo rondando a cada passo pelas florestas escuras.

Não que esses sejam tempos mais humanos. Afinal, alguns poderiam dizer que se criaram novos castigos ‘piores que a morte’ para os célebres, como a indiferença pública, por exemplo.
pete.jpg
Mas Doherty, famoso por manter casos amorosos públicos, tanto com a modelo mais famosa do país como com drogas ilegais como heroína e crack, recebeu a sentença como se fosse um benefício. Ao contrário das hostis batidas policiais de décadas atrás, quando até o dócil Paul McCartney se deu mal, o juiz do caso entendeu que os animais perigosos e as armadilhas letais para Doherty se encontram em Londres. Sendo assim, o exílio. Por um mês, para desintoxicar.

Além de se preocupar com a integridade física do rapaz, um efeito colateral da leniente sentença é dar uma forcinha para a sua carreira. Ultimamente, ter problemas com a justiça melhora bem o CV de uma celebridade. Paris Hilton que o diga. Confere profundidade ao personagem.

Não que o músico (sim, ele é músico) precise disso. Muita gente gabaritada o classifica de genial. Embora eu me pergunte quantos dos que estão familiarizados com suas peripécias seriam capazes de lembrar de alguma de suas poucas músicas de três acordes. Não que fazer músicas com três notas seja um problema. Lennon, Syd Barrett e Joe Strummer já provaram que se pode ser genial com até menos. Na verdade, não que não se lembrar de uma música dele seja um problema. Tem horas que isso parece até um problema a menos.

dzԳáDzDeixe seu comentário

  • 1. à 09:30 PM em 09 ago 2007, Miguel Lenz escreveu:

    "Icone " de que? Do mundo da droga? Da bestialidade neurótica de nosso tempo que "diviniza" tais excrescências? Tais nulidades?

    Como pode um sujeito desses ser levado à categoria de “Star”?Só pode ser efeito de uma sociedade doente, neurótica, - como enfatizava Horney.

    Tal mediocridade, com trejeitos de “impotente fantasiado”, se configura como alguém que tenta vencer, em idade adulta, um complexo de Édipo mal resolvido.Lacan afirmava que o complexo de Édipo tem uma função normativa em relação à estrutura moral do sujeito em suas relações com a realidade.Ao depararmos com tal figura, nos aparece um fantasma tentando mostrar ao mundo que “existe” a partir da palhaçada configurada em sua “genialidade”, consagrada por iguais a ele

    “Gênio” de que? Da maestria em colocar um cigarro na boca, demonstrando que é inseguro, um bastardo mental e que precisa saltitar no picadeiro para se mostrar perante a mamãe inconsciente que sempre teve ódio do “papai” e, apesar dele não existir mais em sua vida, tem medo de seu ciúme?

    Depois dizem que nós, subdesenvolvidos, nos preocupamos com banalidades...

  • 2. à 12:50 AM em 10 ago 2007, vai me analisar pelo meu nome? escreveu:

    O que você, Miguel Lenz, sabe sobre Pete Doherty?
    Participou da vida dele ou já conversou com o psicólogo dele de forma antiética a tal ponto de ele te revelar detalhes pessoais de tal cantor?
    Já conversou com Pete Doherty? Conversou com a mãe dele?
    É parente ou amigo da família?
    Têm poderes de adivinhar?
    No mínimo vc deve conhecer as letras das músicas dele né?!
    Talvez eu seja bem ignorante mesmo, mas realmente não entendi como vc define uma pessoa de tal forma. Criticar os hábitos de vida e atitudes dele é uma coisa. Dizer que não concorda e não faria o mesmo vai lá. Mas de onde você tirou tanta coisa???Suas palavras me fazem pensar que você tenha realmente uma boa bagagem filosófica.Mas também me parece que ele te incomoda um tanto bom, um tanto mais do que deveria uma simples banalidade, se pra você seria assim.
    Acho que deu uma boa generalizada.
    De qualquer forma só quero mesmo é entender a lógica que te levou a inferir tudo isso de tal cantor londrino.

  • 3. à 07:57 AM em 10 ago 2007, Neide Cavalcanti escreveu:

    Bestialidade eh usar mais de um paragrafo para discutir o indiscutivel. Se o cara eh bom ou ruim no que faz, se ele usa drogas, se ele comeu a Kate Moss, o que voce e eu temos a ver com isso? Deixa o garoto se matar em paz. Quem nao gostar da musica dele, nao a ouca, ora bolas. O Brasil nao se desenvolve eh pela idiotice do brasileiro e nao por causa do cigarro charmoso do Pete.
    Vao procurar o que fazer.

  • 4. à 10:21 AM em 10 ago 2007, Alessandro Cavalcante escreveu:

    Uma pessoa que vive metida em tantas confusões e problemas como esse cara não pode ser considerado genial. Genial se for suas bestilidades, sua arrogância, sua mediocridade. Ainda por cima ícone. Esse cara é muito conhecido em terras britânicas mas por aqui ainda bem que não é tão conhecido, porque ele é um exemplo de "tralha" humana, um retardardo. Tenho dó da mãe dele que desesperada sugeriu que o próprio filho se internasse. As pessoas deveriam esquecer desse cara, a própria imprensa britânica. Esse cara não tem concerto, podem interná-lo mil vezes que continuará sendo o que é, não muda. Um verdadeiro ícone de transgressão humana e um gênio na arte da dissimulação.

  • 5. à 12:22 PM em 10 ago 2007, Rodrigo escreveu:

    Confesso que não esperava o tema "Pete Doherty" em uma matéria da ѿý.

    Me fez lembrar alguns tablóides ou jornais grátis, que levam aos seus leitores a ԳٱԳí vida de celebridades.

  • 6. à 03:55 PM em 10 ago 2007, Mel escreveu:

    Não consigo entender o espaço que Pete e Kate Moss ocupam nos jornais londrinos. Aqui no Brasil, muitos nem o conhecem. Mas, em Londres, mesmo não querendo, tu acabas acompanhando cada ida ao restaurante deles.

  • 7. à 06:39 PM em 10 ago 2007, Miguel Lenz escreveu:

    : Para analisar uma nulidade desta não há necessidade de conhecê-la pessoalmente, basta vê-la e observá-la em seus trejeitos. Por exemplo: Cigarro com ponta "virada para cima". e olhos “virados para baixo”, bem que podem representar um duplo sintoma neurotico, um sintoma histérico, um trauma que, segundo Souza (1980,pg 38), desenvolver-se-ia mediante quatro condições: "uma experiência de sedução infantil, a inscrição de seu traço mnêmico no inconsciente , a adição a este traço de novo significado e de um intenso afeto de desprazer durante ou após a puberdade e a atuação patológica da defesa”.Neste último caso, tal “sumidade ”, bem que pode estar representando uma cena implícita para tentar demonstrar que “existe como individuo” e não como “foi fabricado”, aliás, fabricado por uma “cultura” (ou “curtura”) de mentes cujo desprazer é pensar, afinal, somente funcionam através de estímulos químicos que, como sabemos, afetam o normal funcionamento dos neurônios.Por estas e por outras, é que tais mentes defendem um fantasma destes, cuja notoriedade está em sintonia com o fato de cérebros normais não mais funcionarem em seus contextos, afinal, a Química tomou conta de todos eles, fazendo que confundam gases intestinais com gases nobres.E assim, aplaudem quando tais "personalidades" berram em vez de cantar, transformando-as em "icones da musica pós moderna"

  • 8. à 09:42 PM em 10 ago 2007, rodrigo escreveu:

    Gases nobres, miguel?

  • 9. à 11:11 PM em 10 ago 2007, Miguel Lenz escreveu:

    Aliás´, parece que Pablo Escobar, famoso (e falecido ) traficante colombiano, acertou quando disse:"Nunca fiz propaganda da droga, deixo isso à mídia Ocidental.Ela é excelente em criar mitos que, através de suas condutas , fazem apologia dos tóxicos e do vício ”. Tal afirmação se encaixa bem no endeusamento de indivíduos, como este tal de “Pete”, um rebotalho de atitudes vazias mas que causam impacto na mídia por serem “diferentes”.E, sendo diferentes, criam imagens de consumo altamente rentáveis pois referendam ideais narcisistas, próprias de indivíduos vazios e sem rumo, cujo único sentido de vida é agradar a “mãe in consciente” que trazem dentro de si
    “...o envolvimento com substâncias psicoativas
    implica uma relação narcisística. Clark20,
    mesmo em 1919, já sublinhava a importância
    das regressões profundas no alcoolismo, tais
    como as identificações primárias com a mãe,
    combinadas ao intenso auto-amor (narcisismo);


    Felix Kessler*
    Lisia von Diemen**et all, R. Psiquiatr. RS, 25'(suplemento 1): 33-41, abril 2003 -

    Portanto, por trás do “mito” existe uma criança assustada procurando agradar sua “mãe ideal”, aquela que ele concebe como a única que o compreende.Exatamente como ocorre com o tal de “Pete”

  • 10. à 01:55 AM em 11 ago 2007, renata escreveu:

    só pra constar

    'tais mentes defendem um fantasma destes'

    ?????

    de onde vc tirou isso??

    é cômico! eu qm escrevi o tópico com nome de 'vai me analisar pelo meu nome?'. não sei se inferiu eu estar defendendo ele, mas de qq forma.. se vc me conhecesse jamais me incluiria no que vc denomina como tais mentes.
    então Miguel..vou te contar.. nunca fumei maconha nem cheirei cocaína nem injetei droga alguma. droga q possa se dizer q faço uso é alguma bebida de teor alcoólico moderado de vez em muito quando e cafeína de uns tempos pra cá até q algumas vezes ao dia.ninguém que me conheça me incluiria nessa sua definição de tais mentes. então por favor não me inclua vc nessa lista e leia o que digo como lê o que escreve uma pessoa normal qualquer, não uma pessoa cujo desprazer seja pensar ou que funcione através de estímulos químicos. estímulos químicos aliás acho q estes que vc se refere como sendo da utilização de certas drogas ilícitas e enfins, não os estímulos químicos normais que movem todos os seres humanos inclusive vc ( condução do estímulo nervoso e neurotranmissores e aulas de biologia iltda).
    essa é minha última postagem aqui pq realmente sei q não tem base discutir mais isso.. acho q já foi falado até demais né?!

    ótimos dias a todos

  • 11. à 12:56 PM em 11 ago 2007, neide cavalcanti escreveu:

    Caro Miguel Lenz

    Voce me parece o tipico brasileiro metido a academico.
    O tipinho que adora dizer que escuta Bach e Chopin,sem compreender que todo classico foi popular em sua epoca.
    Pete fez mais do que voce nessa vida, querido.
    Tanto eh que virou noticia e voce gasta seu portugues castico comentando a vida dele.
    Por que voces nao tentam solucionar algum problema real no mundo real?
    Ajudema s crianacas que pedem no sinal, cuidem de idosos abandonados pela saude publica. Se morasse no Brasil teria mais do que cuidar alem da vida do cara.

  • 12. à 04:00 PM em 12 ago 2007, Vivis escreveu:

    Então se a pessoa em questão se mete em confusões não é gênio? Vamos banir então Bowie, Jagger, Clapton, fora todos eles....

    Não conheço a pessoa ou a música do Doherty, talvez não seja nada de interessante mesmo, mas o fato dele viver metido em confusões não desmerece em nada o talento, está aí Amy Winehouse para provar, dando seu pitstop semanal na rehab.

  • 13. à 06:24 PM em 14 ago 2007, renata escreveu:


    'my words in your mouth are mumbled all about
    You are like a tabloid journalist
    How you can cut and paste and twist
    Your awful

    Tell it to your king
    Tell him everything you know
    Tell him you know how I feel
    Tell him you know how I feel at the palace gates
    Oh I'm all levered off my face
    And just to work out what it's on about'


    tell the king
    Pete Doherty

    Olhem esse trecho de uma letra de música dele (dele e de Carl Barat, parece). Achei que caiu muitíssimo bem aqui.

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