ѿý

Arquivo para novembro 2007

Pastel de feira

Categorias dos posts:

Andrea Wellbaum | 12:53, quarta-feira, 28 novembro 2007

Comentários (21)

071128Pastel2.jpg

Quando se mora muito tempo fora do Brasil (sei que o tempo é relativo, mas para mim, três anos já é muito tempo…), a tendência é ficar com saudades de várias comidas típicas da nossa terrinha, até mesmo aquelas que a gente não costumava comer quando morava no Brasil.

Nos últimos anos, os brasileiros de Londres já puderam matar a vontade de vários vícios, como arroz e feijão com farinha de mandioca, coxinha e até empadinha. Mas faltava um bom pastel, daqueles fresquinhos que comemos na feira, acompanhados de um caldo de cana. Como esta terra não é muito adequada para plantação de cana, o caldo ainda está faltando, mas o pastel chegou!

Não bastasse o pastel ser bom e relativamente barato (1 libra), ele é genuinamente de feira, já que a família do pasteleiro tem mais de 40 anos de tradição em feiras na região do Jabaquara, zona Sul de São Paulo. Além disso, a família do pasteleiro é japonesa e, pelo menos em São Paulo, os melhores pastéis de feira são feitos por japoneses.

O jovem pasteleiro veio para Londres para estudar e diz que o segredo da receita, guardado a sete chaves pela família, só foi repassado a ele pela mãe porque ela acreditava que em caso de necessidade no exterior o filho poderia se virar fazendo pastel. A confecção do salgado começou a ser feita apenas para amigos, que passaram a pedir pastel com cada vez mais frequência. O pasteleiro e a noiva resolveram começar a vender a iguaria, que fez o maior sucesso em uma feira de gastronomia em Londres (onde um pastelzinho de aperitivo era vendido a 4 libras (quase R$ 15!). O pasteleiro diz que já recebeu várias propostas para trabalhar em restaurantes, todas recusadas por ele. “O que eles querem é descobrir o segredo da receita…”, diz ele.

071128Pastel1.jpg

Ele diz que quando abriu o negócio no Nags Head Market, uma feirinha na esquina da Holloway Road com a Seven Sisters Road (no norte de Londres e, por sorte, perto da minha casa!), 90% de sua clientela era inglesa. “Eles custam a experimentar o primeiro, mas depois disso, voltam sempre.” Após um mês e meio de atividade, o público já é formado por 50% de brasileiros. O pasteleiro vende, em média, 70 pastéis por dia durante a semana e cerca de 400 nos dois dias do fim-de-semana. O trabalho não é fácil. São oito horas em pé em uma banquinha na feira (para amenizar o frio do inverno que está chegando, ele tem um aquecedor portátil atrás do balcão), além do tempo do preparo da massa, em casa.

Por enquanto, o pasteleiro oferece cinco sabores de pastel (queijo, pizza, carne, banana com canela e banana com Nutella), mas em breve ele deve oferecer também o pastel de palmito e o de frango com catupiry.

Pela qualidade do pastel, o jovem e a noiva têm um futuro promissor pela frente!

Aquela nuvem que passa...

Categorias dos posts:

Pablo Uchoa | 11:52, quarta-feira, 21 novembro 2007

Comentários (3)

Faça chuva ou faça sol, não há recurso mais batido que falar do tempo para preencher a típica falta de assunto de elevador, de táxi, ponto de ônibus. Uma baita injustiça, considerando que ninguém que faça parte deste mundo e desta existência está imune às mudanças naturais das estações do ano.

Involuntariamente, ao publicar sua previsão do tempo para o dia 20 de novembro, o diário The Daily Telegraph corrigiu esta injustiça, a de fazer do tempo assunto de 'conversinha' (small talk). A imagem é, na opinião deste humilde mortal, cearense ainda por cima, o retrato imbatível da face exterior e interior desta época do ano, a síntese da alma de uma estação, na prosaica forma de um infográfico de jornal:

weatherforecast.jpg

Londres sem tic-tac

Categorias dos posts:

Maria Luisa Cavalcanti | 15:02, sexta-feira, 16 novembro 2007

Comentários (5)

Um dos maiores clichês associados à Grã-Bretanha é o da pontualidade. Mas quem circula a pé ou de ônibus por Londres, como eu, percebe que as ruas da cidade simplesmente não têm relógios! E o pior: os poucos que existem estão parados ou errados.
Tanta negligência não combina com a terra que, a partir de Greenwich, dita a hora de todo o mundo, e ainda por cima abriga o relógio mais famoso do planeta!
Sem falar que para uma pessoa como eu, obcecada por saber a hora certa (tenho um relógio até no banheiro!), é uma constatação altamente irritante.
Recentemente, descobri que o webdesigner britânico Alfie Dennen, outro obcecado ou apenas um inconformado, resolveu fazer alguma coisa por esses relógios agonizantes. Criou um website (claro!), o , no qual os cidadãos de toda a Grã-Bretanha denunciam relógios parados e tentam pressionar os responsáveis para que eles voltem a funcionar. Resta saber quantos outros tantos obcecados são necessários para que isso realmente aconteça.

ѿý iD

ѿý navigation

ѿý © 2014 A ѿý não se responsabiliza pelo conteúdo de sites externos.

Esta página é melhor visualizada em um navegador atualizado e que permita o uso de linguagens de estilo (CSS). Com seu navegador atual, embora você seja capaz de ver o conteúdo da página, não poderá enxergar todos os recursos que ela apresenta. Sugerimos que você instale um navegados mais atualizado, compatível com a tecnologia.