Energias renováveis têm investimento recorde
Em todo mundo, novos investimentos em energias renováveis subiram 32% no ano passado, atingindo a soma recorde de US$ 211 bilhões, de acordo com um relatório encomendado pelo Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (Pnuma).
Como tantos outros levantamentos, este também é puxado pela China, responsável por um quinto deste total de investimentos, US$ 48,9 bi.
O Brasil registrou queda de 5% no setor, passando de US$ 7,3 bi (2009) para US$ 6,9 bi (2010) - em contraste com outros grandes países em desenvolvimento, como a Índia, onde o investimento subiu 25%, e, claro, a China, que aumentou em 28%.
Por outro lado, no período anterior (2008-2009), a queda brasileira tinha sido ainda mais vertiginosa: 44%.

Mas o documento elaborado pela Bloomberg New Energy Finance e pela Escola de Finanças de Frankfurt também destaca o investimento brasileiro entre os principais do período, na área de energia eólica em 2010.
"Projetos fundamentais em andamento incluem o leilão eólico de 211 megawatts (MW) do portfólio da IMPSA Ceará e 195MW do Renova Bahia, ambos no Brasil, e a fazenda eólica de 200 MW em Hebei Weichang Yudaokou, China."
Mas a Europa não fica atrás. Na Itália, o investimento foi três vezes e meia maior que em 2009 (248%), subindo para US$ 8,4 bi, em grande parte responsável por incentivos do governo à energia solar.
A Alemanha, que já era a campeã mundial em energias renováveis, dobrou os seus investimentos, alcançando US$ 41 bi em 2010. O carro-chefe no período foram compras de paineis solares para casas particulares.
Para o diretor do Pnuma, Achim Steiner, a expansão é uma "crescente contribuição ao combate ao aquecimento global, e à falta de energia e insegurança energética, além de estimular empregos verdes e a realização das Metas de Desenvolvimento do Milênio."