Fundo de R$ 12,5 milhões vai proteger terras caiapós
Nos próximos cinco anos, comunidades caiapós terão à disposição R$ 12, 5 milhões para projetos dedicados à proteção e monitoramento de suas terras no sudeste da Amazônia, beneficiando cerca de 7 mil pessoas que vivem na região.
Os cerca de 10,6 milhões de hectares de terras em reservas caiapós - mais ou menos o território da Islândia - ficam na rota do chamado "arco do desmatamento" que concentra não só as maiores taxas de destruição na Amazônia como os maiores índices de confrontos por terra.

Crédito: Cristina Mittermeier/ iLCP
O Fundo Caiapó será gerido pelo Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e deve utilizar a renda anual do capital investido para financiar a administração de longo prazo das terras indígenas. Todos os projetos terão que ser propostos e formulados por organizações indígenas.
A partir daí, passarão por uma comissão técnica e serão então submetidos às aprovações da Funai (Fundação Nacional do Índio) e de uma comissão formada por investidores do fundo. De início, as organizações indígenas que podem receber financiamento são: Associação Floresta Protegida, Instituto Kabu and Instituto Raoni.
O financiamento é dividido entre o Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que entra com metade do valor, e a organização não-governamental Conservação Internacional, que entra com a outra metade.
A ideia é depois dos cinco primeiros anos, o montante do fundo suba para R$ 23,4 milhões, mas a Conservação Internacional trabalha com a expectativa de que mais investidores possam participar da iniciativa.
De todo jeito, será uma boa injeção de capital em uma das áreas que mais sofrem pressão na Amazônia. Boa sorte!